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Como calar a mente?


mulher se abraçando, amor próprio

Como vimos afirmando e reafirmando em nossos artigos, nossa Mente é um repositório de memórias de nossas experiências consideradas relevantes em nossa trajetória neste planeta. São as memórias limitantes que são postas à parte e ficam fragmentadas por não possuírem os recursos necessários para lidar com aquilo para o que foram programadas. São PARTES que atribuem a si mesmas uma nota abaixo da média, ou seja, sua AUTOESTIMA — quanto ela estima a si mesma — é baixa.


Nem todo comportamento traz uma AUTOESTIMA tão baixa a ponto de nos impor limitações. Há alguns comportamentos que, embora não nos concedamos nota 10, ainda conseguimos obter êxito apesar das dificuldades. Algumas dessas memórias, com o tempo e a experiência, vão aprendendo a lidar com as dificuldades e entendendo que, com um pouco de esforço, podem conseguir atingir a excelência.


É o caso de ofícios nos quais, ainda sem experiência, temos que nos empenhar bastante para nos estabelecer e, passados alguns anos, tornamo-nos “experts” naquela função, executamos o trabalho “com uma mão nas costas”. Isso ocorre porque a PARTE da nossa Mente responsável por esse comportamento foi fortalecendo sua AUTOESTIMA à medida que seu trabalho foi-se aprimorando e os resultados foram se mostrando positivos.


Obviamente, existem componentes importantes para se chegar a esse nível de mudança. Não é regra, já que cada um traz uma MAPA MENTAL próprio, que muitas vezes pode carecer de recursos básicos para se alcançar esse nível. Citamos a vontade de mudar, a resiliência e o fato de que podemos não gostar de nossa área de atuação, e isso é muito relevante. Enfim, alguns ficarão pelo caminho, alguns persistirão até o limite de suas forças e outros terão êxito em sua empreitada.


Por isso, essas memórias limitantes não podem ser desconsideradas por nós. Elas nos impedem de realizar nossos sonhos e tarefas consideradas simples na maioria das vezes, como conversar com pessoas de nosso interesse, dizer “não” quando necessário, entrar num elevador quando temos que chegar ao 25º andar, falar em público. Enfim, quer você queira ou não, essas PARTES existem no seu subconsciente e vão entrar em ação toda vez que essa experiência em que você apresenta essa limitação surgir em seu dia a dia.


Estou fazendo todo esse caminho para chegar até o seguinte questionamento: se essas memórias limitantes são tão relevantes assim na nossa vida, a ponto de nos impedir de atingir nossos objetivos, por que queremos calá-las? Por que queremos evitar olhar para aquilo que não nos deixa ser quem somos de verdade? Só pode haver uma justificativa: queremos “tapar o sol com a peneira”, como diz o ditado. Queremos fingir que está tudo bem e empurrar mais para o fundo do subconsciente os nossos problemas.


Então, tenho duas notícias importantes para lhe dar.


A primeira é que, quanto mais fingirmos que essas PARTES não existem, mais intensificamos a carga emocional que a sustenta. É como pais quererem fingir que o filho está bem, quando, na verdade, ele está cheio de problemas emocionais, dificuldades na escola, com os amigos, sem ânimo para viver. Mesmo que você não tenha filhos, não é difícil imaginar o que pode acontecer depois de um período de negligência a um adolescente com esses tipos de dificuldades.


A segunda notícia é que, apesar dos esforços hercúleos que muitos já lograram nessa busca, não é possível calar a Mente. Ela sempre estará lá para lembrá-lo daquilo que nunca poderá ser esquecido: você precisa buscar sua evolução espiritual. É como a voz divina soprando-lhe no ouvido que a porta estreita é o caminho para a vida (Mateus 7:13-14). Tentar calar a Mente é como tapar os furos de uma represa usando apenas as mãos.


Portanto, não aconselho a você omitir-se diante das limitações demonstradas por suas PARTES com o intuito de calá-las e até negligenciá-las. Agir dessa forma é apenas adiar um enfrentamento que deverá acontecer mais cedo ou mais tarde e tornar mais árdua a resolução desse conflito interno. Além do mais, com o tempo, a energia concentrada por pensamentos negativos pode cristalizar-se no corpo físico em forma de doenças, uma maneira inteligente de o Universo convidá-lo de modo definitivo à mudança.

Escolha: pelo amor ou pela dor? O livre arbítrio é seu.



 

Sobre o autor: 
Professor, Neuroeducador, Master Practitioner em PNL e Coaching de vida –é fundador, junto de sua esposa, Sílvia Reze, 
do Instituto Recomece. 
 

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