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Como lidar com pessoas difíceis


mulher se abraçando, amor próprio

Primeiramente, precisamos definir o que poderíamos chamar de “pessoas difíceis”, já que uma pessoa pode ser considerada difícil para você, mas não para mim. A Programação Neurolinguística (PNL) costuma desafiar algumas expressões como essas por considerar que elas não retratam, de fato, o conhecimento completo do que a pessoa deseja comunicar para a outra. Nesse caso, caberia desafiar essa expressão para entender de que modo especificamente essa pessoa poderia se tornar difícil para você.


Essa especificação é necessária tendo em vista que todas as relações — sobretudo as mais difíceis ­— nada mais são do que uma luta EGO x EGO. Para utilizar uma linguagem mais próxima à que costumamos usar, diremos que são Partes x Partes. Entender como você interpreta aquela pessoa que considera difícil pode dizer muito sobre a sua estrutura de pensamento, já que é sempre bom lembrar que nós atraímos pessoas e situações de que precisamos para evoluir, isso é um pressuposto importante para compreendermos esse processo.


Para ilustrar, imaginemos que Max (nome fictício) tenha um chefe difícil. Quando se refere a ele, costuma dizer que é controlador, vaidoso e que não dá liberdade para que ele encontre soluções sem que diga que está se equivocando em algum detalhe do projeto. Então, ele passa a fazer as coisas do seu jeito, uma vez que sabe que nunca vai agradar ao seu líder. No entanto, essa postura começa a incomodar o chefe, que o chama em sua sala e o questiona dos porquês de determinadas ações. Seu chefe alega que os projetos precisam de sua anuência para serem postos em prática.


Max surta, pois odeia ser controlado! Então, começa a perder a vontade de trabalhar, de ter que submeter-se àquela “pessoa difícil”. Mas sua saga continua: toda ideia que ele tem é, de alguma forma, censurada pelo chefe em questão. O desânimo se abate sobre ele e logo começa a pensar em buscar novos desafios, a ver aquela empresa com restrições, e começa a procurar “pelo em ovo”, embora tenha um excelente salário e ótimos benefícios. Quando comenta sobre seu chefe com seu colega de função, logo ele lhe diz: “Ele é assim mesmo: faça o que ele quer e vai ficar tudo bem!”.


Estava começando a achar que o mundo corporativo era um grande teatro do qual ele não queria fazer parte. Não queria fazer parte daquele “joguinho” com o seu líder e acaba pedindo demissão. Com o seu excelente currículo, logo estava empregado. Depois de alguns meses, sua vida voltou ao normal, normal demais até. Percebe que aquela situação desalentadora na antiga empresa se repetia ali. Imaginou que o mundo das grandes corporações não fosse para ele, apesar do seu evidente talento...


Essa história poderia ser a de qualquer um! Vamos analisar nosso funcionário rebelde a partir de suas indagações sobre a figura de seu líder. Pode-se perceber que, embora ele julgasse o chefe por ser orgulhoso e controlador, seu comportamento era exatamente o mesmo. Não se dobrava a ele por entender que sua aprovação era desnecessária. Na posição de subordinado, foi testado em seu orgulho e em sua necessidade de controlar a situação, mas julgava que, se concordasse com o seu superior, estaria adulando-o.


Quando seu colega de trabalho lhe disse que cedesse, ele não conseguiu notar que a postura do chefe era comum a todos os outros subordinados e ignorou a oportunidade de melhorar esse relacionamento. Fazer concessões nesse tipo de relacionamento é um ato de humildade e puro amor, já que permite ao outro repensar suas atitudes seguindo o seu exemplo. É o que fez o Mestre de Nazaré quando lavou os pés de seus apóstolos: mostrou-lhes que ninguém é maior do que ninguém, estamos todos no caminho da evolução (João 13:16).


O grande problema nesse tipo de relação é que temos o hábito culpar o outro por nossas limitações. Como temos dificuldade em assumir a responsabilidade pelas nossas dificuldades, imaginamos que o problema está no outro, sem nos lembrar de que a LEI DA ATRAÇÃO é implacável sempre. A grande verdade é que ganhamos a todo o momento a oportunidade de evoluirmos através daqueles que nos rodeiam. O outro deve ser visto somente como um instrumento para as nossas mudanças.


Então, para lidar com pessoas difíceis, precisamos assumir a responsabilidade por aquilo que sentimos e pensamos e entender que o outro é um espelho exato das Partes de nossa personalidade — subpersonalidades — que precisam ser trabalhadas. Além disso, é preciso ter humildade para dar ao outro aquilo de que ele precisa a fim de que o relacionamento seja um caminho para aprendermos a amar ao próximo e a nós mesmos.


 

Sobre o autor: 
Professor, Neuroeducador, Master Practitioner em PNL e Coaching de vida –é fundador, junto de sua esposa, Sílvia Reze, 
do Instituto Recomece. 
 

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