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É chegada a hora


mulher se abraçando, amor próprio

Embora de tom apocalítico, o título acima é a mais pura tradução da verdade. Essa frase pode ter muitas interpretações, mas o que mais importa é como você a interpreta, já que uma lição só poderá ter algum valor se, de fato, fizer algum sentido para nós. A beleza das palavras está exatamente em podermos abstrair delas aquilo que mais nos interessa no momento. É como uma cebola da qual vamos retirando as camadas até chegar ao seu coração.


Isso faz parte de nossa evolução como seres humanos. Olhamos para trás e às vezes até rimos com “vergonha alheia” das nossas antigas atitudes. Já frequentamos lugares aos quais jamais voltaríamos e andamos com pessoas que consideraríamos estranhas para nós hoje. Fizemos grandes besteiras na ingenuidade de estarmos sendo os melhores... e, na verdade, estávamos. O que somos hoje é o resultado de todas essas estranhezas dos estágios anteriores de nossas vidas.


Precisamos compreender, no entanto, que tudo isso são lições inestimáveis, somente isso. Somos programados para nos apegar ao passado e não o largamos de jeito nenhum. Temos medo de dar um passo adiante e encarar o novo. Gostamos de permanecer na nossa zona de conforto — numa falsa zona de conforto — porque conhecemos o caminho como a palma de nossas mãos. Como diria o mestre de Nazaré, é a “porta larga”, aquela que não lhe traz os desafios necessários à sua evolução (Mateus 7:13-14).


Sempre somos chamados a entrar pela “porta estreita” para buscar a verdadeira zona de conforto, já que somos seres em constante evolução. O problema é que isso demanda esforço e dedicação. Cada obstáculo pede de nós flexibilidade e equilíbrio para a sua superação. Sempre, portanto, “é chegada a hora”. Somos impelidos o tempo todo a encarar a verdade, mas nem sempre conseguimos olhar para ela. Então, recuamos no caminho e entramos novamente na “porta larga”. Mas não há problema: temos toda a eternidade (rsrs)!


Num mundo onde a guerra é iminente, e a violência reina (até dentro de nossas próprias casas); onde predomina o consumismo, e pessoas morrem de fome; onde a natureza é tratada com desdém; onde a arte chegou a níveis degradantes; onde espiar a vida do outro é mais importante do que olhar para dentro de nós mesmos, a frase “é chegada a hora” se faz perfeita. Precisamos encontrar uma maneira de sermos úteis. Não podemos perder a oportunidade de fazer o bem. Como poderemos fazer a nossa parte nesse aparente caos?


A maneira mais acessível e objetiva de ajudar na melhoria da energia de nossa Mãe Gaia é irmos ao encontro de nosso próprio aperfeiçoamento moral. Então, sim, é chegada a hora de revermos nossas atitudes. A pior guerra que existe é aquela que ocorre dentro de nós. Cada vez que nos irritamos, por exemplo, lançamos uma energia tóxica para a psicosfera planetária. Sim, somos grandes “colaboradores” da destruição do nosso querido planeta azul. Se o planeta já agoniza com todo o lixo físico despejado sobre ele, ainda recebe nossos fluidos tóxicos.


Não podemos mais culpar os outros pela nossa atual condição. Somos todos responsáveis pelo mundo em que vivemos. Se você acredita realmente que “nada acontece por acaso”, deve analisar a situação corrente com mais maturidade. Quando um bebê faz as suas refeições, não esperamos que ele tire a mesa e lave a louça que usou. À medida que vai amadurecendo, novas tarefas vão sendo delegadas a essa criança. Somente quando ela cresce, espera-se sua colaboração naquele meio social em que vive.


Em que nível de responsabilidade nós, seres humanos, nos encontramos? Empregando o exemplo acima como parâmetro, parecemos estar na Educação Infantil da nossa evolução. Ainda não nos responsabilizamos pela sujeira que fizemos e fazemos e, de quebra, culpamos os outros pelo cenário de desventura em que costumamos viver. Queremos que alguém assuma toda a bagunça que abandonamos, como se não fôssemos nós os causadores dessa grande baderna.


É realmente chegada a hora de assumirmos a responsabilidade pela nossa vida, de limparmos toda a sujeira deixada para trás. E não adianta buscarmos em algum guru espiritual a resolução para os nossos conflitos internos: ninguém irá resolvê-los para nós! Tudo começa e termina dentro de nós. Nesse ponto, a justiça cósmica é implacável. Cada sujeirinha que deixamos pelo caminho deverá ser recolhida e reciclada. Cada brinquedo que jogamos no chão de nossa negligência evolutiva deverá ser recolhido ao seu lugar.


Isso não é uma ameaça, mas uma convocação para que olhemos para dentro de nós e invistamos no autoconhecimento. É chegada a hora de crescer. É chegada a hora de deixarmos para trás uma visão doentia e egoísta da vida. A expansão da consciência é a única saída para nos aperfeiçoarmos e auxiliarmos a Mãe Gaia e o próximo no seu processo evolutivo. Quanto mais a massa crítica de seres despertos crescer, maior é a chance de as pessoas morarem num planeta em que a bondade irá prevalecer.

Buscar o autoconhecimento é um ato de amor!



 

Sobre o autor: 
Professor, Neuroeducador, Master Practitioner em PNL e Coaching de vida –é fundador, junto de sua esposa, Sílvia Reze, 
do Instituto Recomece. 
 

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