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É o que tem pra hoje


mulher se abraçando, amor próprio

Viver é um grande desafio. É como ser protagonista de uma história cujo roteiro parece que não escrevemos. Somos atores desse drama enquanto estamos vivendo cada cena que foi escrita para nós. Porém, alimentamos a ideia de que seria possível reescrever esse roteiro, desde que sempre nutríssemos pensamentos positivos. Será mesmo? Será possível controlar os acontecimentos da vida a partir de nossa capacidade de controlar a Mente? Podemos viver em plenitude apesar dos desmandos que a nossa jornada nos traz?


Para responder a essas perguntas, precisamos analisar os fatos. É falso o pressuposto de que pessoas mais positivas sejam felizes porque não tem problemas. Não, de fato elas não controlam a vida, mas aparentemente lidam bem com seus altos e baixos e, por isso, tendem a sofrer menos. No entanto, isso não quer dizer que elas não tenham que enfrentar os obstáculos que a vida naturalmente lhes apresenta. Então, parece que o modo como olhamos para os problemas é que determina nossa capacidade de permanecemos em paz com nós mesmos.


Sempre gosto de lembrar de um pressuposto importante da Programação Neurolinguística (PNL): O MAPA NÃO É O TERRITÓRIO. O que significa isso na prática? Que a realidade não existe, ela é percebida pela Mente. O Mapa de mundo que criamos é baseado nas nossas experiências anteriores com determinada situação. Se pusermos dez pessoas diante de alguma situação, pode ser que algumas a considerem positiva, outras, negativa, e outras, ainda, neutra. Isso é justificado exatamente pelo Mapa de Mundo individual que envolve tal situação.


Nossa vida é um processo mental, não físico. Tudo começa em nossa Mente. Basta pensar que tudo aquilo que foi criado pelo homem passou primeiramente pela Mente de alguém. Um prédio, a preparação de um alimento, uma obra de arte e, como não podia ser diferente, o mundo de cada um também. O modo como vemos, ouvimos, sentimos o nosso habitat nada mais é que a projeção daquilo pensamos, do modo como escolhemos vê-lo. Então, não podemos controlar nosso percepção do mundo, mas, sim, podemos escolher o que pensamos sobre ele.


E como nossa vida é um processo mental — e nossa Mente é responsável pelo nosso raciocínio —, precisamos reaprender a raciocinar diante dos desafios da vida. Quando olhamos para um objeto, dizemos automaticamente sua cor, mas não é raro que, em alguns casos, outra pessoa discorde de você. E isso pode nos deixar loucos. Vamos bater o pé, falar alto, impondo nossa visão pessoal de mundo. O outro fará a mesma coisa, e toda essa discussão sobre a simples cor de um objeto pode acabar com um desgaste emocional desnecessário.


Quando você se encontra em uma situação um pouco mais complexa, tudo fica ainda mais difícil. Você defende “com unhas e dentes” sua verdade, e a pergunta mais lúcida que se deve fazer é: “Aonde essa discussão irá me levar?”. A resposta geralmente seria: “A lugar algum”. E nossa paz, certamente, irá para algum lugar bem longe de nós. Podemos concluir, então, depois de toda essa exposição, que o modo como os acontecimentos da vida se apresentam a nós ainda é uma incógnita. Mas também chegamos à conclusão de que confrontá-los é um grande erro.


Portanto, não se preocupe em controlar os episódios do seu dia a dia, apenas fique atento ao que se passa em sua Mente. Preste atenção ao processo que ocorre lá. Primeiramente, quando um ato ocorre, ele pode lhe provocar algum tipo de reação. Preste atenção ao que você está sentindo. Se você se sentir desconfortável com o que ocorreu, numa segunda etapa, surgirá um pensamento, que é como uma história que justifica esse sentimento negativo. O oposto também pode acontecer, mas aí você não tem com o que se preocupar, não é mesmo?


Por exemplo, se alguém diz algo a você, primeiramente, a ação de alguém dizer algo é somente uma ação, sem nenhum valor. Quando seus órgãos dos sentidos captam esse conteúdo, um sentimento pode surgir dali e, com ele, pensamentos que o justifiquem. Vamos supor que você se sentiu ofendido com o que foi dito. Logo, a voz do pensamento poderá lhe sugerir: “Puxa, ela sempre foi minha amiga! Por que me tratou assim?”. Sua Mente, então, lhe trará outras histórias para fundamentar esse sentimento que tomou conta de você.


É com esse tipo de desfecho que você deve ficar atento. O que se pode fazer é mudar o modo como você se sente em relação ao fato a fim de que a Mente conte uma outra história, dessa vez para justificar um bom sentimento. No caso acima, imagine que você respira fundo (faz um HO’OPONOPONO) e traz seus sentimentos de volta à neutralidade. Sua Mente, dessa vez, justificará de outra forma; dirá, por exemplo: “Ela deve estar nervosa! Será que ela está precisando de minha ajuda?”. Pronto! Você mudou o eixo: observou a situação de um ângulo mais positivo e resolveu sentir-se bem. Ponto pra você!


Esta é uma forma de aceitar as situações que a vida nos apresenta sem perder sua paz interior. É uma maneira de dizer a si mesmo: “É o que tem pra hoje!”. Frase simples, mas carregada de sabedoria, já que pode nos ajudar a relaxar diante de situações em que costumamos gastar muita energia desnecessariamente. Além do mais, essa prática poderá evitar conflitos totalmente dispensáveis à nossa busca pela felicidade. Está tudo em nossas mãos: assumirmos a responsabilidade pelo que sentimos e optarmos por contar histórias com finais felizes.


 

Sobre o autor: 
Professor, Neuroeducador, Master Practitioner em PNL e Coaching de vida –é fundador, junto de sua esposa, Sílvia Reze, 
do Instituto Recomece. 
 

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