top of page

O que é a mente

Atualizado: 17 de fev. de 2022


mulher se abraçando, amor próprio

Por que a Mente está sempre no papel principal quando se trata de desenvolvimento pessoal? Por que sempre nos voltamos a ela quando abordamos crenças, valores, visão de mundo, entre outras discussões ligadas aos comportamentos? A Mente é sempre a estrela de nossas conversas. Embora tenha abordado muitas vezes a Mente como elemento principal para se alcançar mudanças significativas, quero tomá-la como objeto da discussão.


Primeiramente, é preciso esclarecer alguns equívocos naturais quando se trata de definir a Mente. Vamos começar elucidando o que a Mente não é. A Mente não é o cérebro. Podemos definir o cérebro como o meio físico pelo qual nossa Mente se expressa. Ele não tem um papel ativo no processo, apenas trabalha por estímulos oriundos da Mente. Então, quando reprogramamos comportamentos, é na Mente que o processo começa. O cérebro se molda, a partir de sua plasticidade, às mudanças propostas.


Em segundo lugar, a Mente não é a sua alma, sua essência. Na verdade, a Mente nasce do acoplamento de seu espírito com o seu corpo físico. Essa distinção é fundamental para entendermos a razão pela qual nosso trabalho deve estar focado na Mente, já que é na Alma, o que chamamos de Eu consciente, é que reside sua essência, seu projeto de vida, sua consciência do que você realmente é e o que deseja alcançar nessa passagem pela Terra.


A Mente é, na verdade, um repositório de memórias desta (e de outras, para quem acredita) vidas e de registros de nossos antepassados. É o que se costuma denominar de EGO. É a sua razão, sua visão racional da vida. Não é à toa que da palavra Ego nasce o adjetivo “egoísta”. Sua Mente tem uma visão imatura da vida e vai lhe propor que você aja como ela quer a qualquer custo. É na Mente que se manifestam todas as suas dificuldades em lidar com o Mundo. Ela tem um ponto de vista quase que inflexível das situações, por isso reage sempre da mesma forma às experiências.


No nosso trabalho, adotamos o termo PARTES para definir essas memórias da nossa Mente por não estarem integradas à nossa Essência. Como elas foram programadas em situações adversas, sem recursos para lidar com tais situações para a qual foram programadas, são memórias fragmentadas. Assim como no filme “Fragmentado”, do diretor M. Night Shyamalan, em que a personagem Kevin (James Mcavoy) possui 23 personalidades com características completamente diferentes, nós também somos fragmentados.


Precisamos, obviamente, separar a ficção da realidade. No filme, Kevin possui transtorno dissociativo de identidade. Cada uma das 23 PARTES de sua personalidade possui comportamentos completamente distintos, a ponto de agirem como homem, mulher ou criança, vestirem-se e até assumirem postura e físicos típicos de cada personalidade. Mesmo não sendo real, o filme é uma excelente metáfora para o que ocorre em nossa Mente.


Elas agem com uma razão própria e não abrem mão desse ponto de vista limitado. Por mais que, conscientemente, VOCÊ — o eu consciente — saiba que o comportamento com que se responde a uma situação não é o mais viável, a Parte sempre vai sugeri-lo, e os resultados, portanto, serão sempre os mesmos. Enquanto não nos comprometermos efetivamente em trabalhar com essas Partes da Mente, os resultados pífios continuarão ocorrendo, pois é impossível obter um resultado diferente sem mudar o modo como nossa Parte vê o mundo.


E o primeiro — e mais importante — passo para darmos início a um trabalho de reprogramação de nossa Mente é entender que NÓS NÃO SOMOS NOSSA MENTE. Quando aprendermos a observar as propostas que as Partes nos fazem a todo o momento, perceberemos que estamos sendo manipulados o tempo todo por ideias que nos furtam a possibilidade de VIVER NO PRESENTE, aproveitando ao máximo cada experiência de aprendizado, cada oportunidade de evolução diante das situações e das pessoas que nos cercam.


Comece a prestar atenção aos momentos em que você apresenta mais dificuldade em se manter equilibrado e exercite o seu ouvido interno para captar as propostas de sua Mente. Todas as situações que o deixam desconfortável de alguma forma vêm das Partes de sua Mente. Críticas às pessoas, ideias de baixa autoestima, pensamentos sobre doenças, preguiça, medo, insegurança, entre outros, são ideias sugeridas por sua Mente, que quer resolver as situações do seu jeito.


Somente o fato de você dissociar-se da sua Mente, assumindo que os seus pensamentos não provêm de VOCÊ, pode ajudá-lo a dar início a uma mudança em sua vida. É como enfraquecer um pequeno monstro deixando de alimentá-lo. A cada vez que você ignora os “conselhos” da Mente, faz com que essas ideias percam a força. Se ajudar, escreva esses pensamentos limitantes e analise como eles se repetem na sua vida. Isso pode auxiliá-lo a ficar mais atento a eles a fim de tomar as rédeas da sua vida.



 

Sobre o autor: 
Professor, Neuroeducador, Master Practitioner em PNL e Coaching de vida –é fundador, junto de sua esposa, Sílvia Reze, 
do Instituto Recomece. 
 

Siga o Instituto Recomece no Facebook e Instagram, para ter acesso a mais conteúdos como este.

8 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page