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O que é o EGO e como lidar com ele


mulher se abraçando, amor próprio

Para começar, iremos usar o conceito de EGO como o conjunto de PARTES responsáveis por comportamentos específicos. Essas PARTES registraram suas impressões pelos cinco sentidos, num primeiro contato com essa experiência, e a codificaram. Assim, quando uma experiência igual ou semelhante ocorre, essa PARTE é reati­vada e decodifica o novo episódio a partir do mesmo código, do mesmo padrão de leitura do evento original.


Tomemos um exemplo bastante comum: a dificuldade de falar em público. Não importa como, mas certamente uma pessoa com essa limitação já passara por essa experiência e a qualificara como negativa. Dessa forma, é natural que queira evitá-la, pois, em seu MAPA MENTAL, sensações, sentimentos e crenças apontam para um eventual fracasso. Observe que a interpretação dessa experiência é subjetiva. Para outra pessoa, essa mesma atividade pode fluir naturalmente.


Cada PARTE de sua personalidade traz uma visão egoísta e imatura da realidade. O EGO é, portanto, um conjunto de verdades que cada PARTE traz em sua experiência. Para ela, essas verdades são absolutas e dificilmente elas abrem mão de defendê-las. Isso justifica nossas guerras internas, aquelas que se iniciam em nossa própria casa, sem contar aquelas que resultam na morte de milhares de pessoas todos os anos desde os primórdios da humanidade.


Quando nos referimos às verdades que nosso EGO defende, incluímos aqui também aquelas mais básicas, como os papéis sociais instituídos pela sociedade e as posturas que vêm embutidas neles. Acreditamos que ter o melhor carro nos faz melhor, que precisamos ser fortes por sermos homens, que trabalhar duro é imprescindível para sobreviver; enfim, deixamos de ser nós mesmos, de expressar nosso EU VERDADEIRO, para vivermos o ponto de vista restrito e imaturo do nosso EGO.


Obviamente que teorizar o EGO de nada adianta se isso não lhe trouxer uma oportunidade de evolução. O grande Mestre de Nazaré já preconizara que é preciso amar a si mesmo para amar ao próximo. Na prática, Jesus chamava a atenção para o fato de que é preciso olhar para o mundo e para as pessoas livre do olhar inflexível do nosso EGO. Não poderemos amar as pessoas de verdade se permitirmos que nossa Mente — dona de uma visão absolutista — julgue as pessoas de acordo com as suas convicções.


Podemos dizer que somos EGOÍSTAS quando nos rendemos à nossa Mente e queremos defender nossas verdades a qualquer custo. E quando agimos assim, perdemos a oportunidade de amar aqueles que nos rodeiam. Não entendamos amor como o ato de dar carinho e demonstrar afeto às pessoas (não que não possamos fazê-lo), mas a compreensão de que somos diferentes e aceitamos essas diferenças. Aceitamos o que os outros pensam e o que fazem, mesmo que isso nos pareça uma afronta.


Então, aprender a lidar com o nosso EGO passa necessariamente pelo AUTOCONHECIMENTO e pela compreensão da estrutura dos nossos pensamentos, de como nossas PARTES interpretam o mundo. E isso só pode ser realizado se nos disciplinarmos a trabalhar ferrenhamente na análise dos nossos comportamentos. É preciso que passemos de atores para diretores desse drama da vida. Enquanto estivermos somente atuando — envolvidos no papel — não conseguiremos modificar nossa atuação e obter resultados melhores.


No momento em que sentir-se mal, veja as PARTES de seu EGO como uma outra pessoa lhe sugerindo ideias imaturas e egoístas. Entenda que faz parte do papel delas convencê-lo a aceitar seu ponto de vista e, como elas são obstinadas, irão repetir essa sugestão como se fosse uma criança birrenta que quer ganhar um brinquedo e não sossega enquanto não atingir essa meta. Essa estratégia lhe permite entender que VOCÊ NÃO É A SUA MENTE e o auxilia a assumir o papel de diretor dessa cena, modificando-a se necessário.


Então, você poderá escolher aceitar ou não a sugestão de sua Mente. Esse é o seu livre arbítrio. Uma boa sugestão quando estiver em meio a esse conflito é fazer o exercício da RESPIRAÇÃO PROFUNDA (você encontra vários sites que ensinam essa técnica). Essa prática simples diminui o batimento cardíaco, estabiliza a pressão sanguínea e reduz a ansiedade. Dessa forma, o sangue, que havia sido conduzido às suas extremidades para lutar ou fugir, oxigena seu cérebro e lhe devolve a capacidade de pensar.


Nem sempre conseguiremos sair ilesos das propostas insistentes do nosso EGO. Tudo bem se você não conseguir resistir a elas. Respire mesmo assim, acalme-se e perdoe-se. O que passou, passou. Sempre poderemos recomeçar.



 

Sobre o autor: 
Professor, Neuroeducador, Master Practitioner em PNL e Coaching de vida –é fundador, junto de sua esposa, Sílvia Reze, 
do Instituto Recomece. 
 

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