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O que fazer nos momentos de desespero?


mulher se abraçando, amor próprio

Não importa qual a sua crença ou religião, se você acredita ou não em algo maior do que você, há algo com que todos nós concordamos: a dor de cada um é única e intransferível. Ninguém sabe mensurar o que o outro está sentindo, nem há uma máquina para medir isso. Apesar de termos conhecimento dessa verdade — não consciência, infelizmente — queremos dar conselhos para pessoas baseados nas nossas experiências.


No Modelo de comunicação da Programação Neurolinguística, fica demonstrado que cada experiência é assimilada pelos nossos sentidos e codificada pelo nossa Mente, para então, de acordo com a relevância dessa experiência, ser armazenada em nossa Memória. Essa codificação, porém, passa por filtros Mentais, cujos alicerces — baseados em vivências anteriores — são únicos para cada pessoa. Por isso, a PNL pode ser definida como o estudo da experiência SUBJETIVA, ou seja, relativo a cada sujeito em particular.


O que vale para mim não vai valer para você. Poderemos passar por experiências idênticas e, ainda assim, interpretá-las de maneiras totalmente diversas. Aonde quero chegar com essa introdução? É que não existe fórmula nem atalhos para nossa evolução. Enquanto dezenas de pessoas oferecem curas milagrosas para os problemas (o que piorou muito nessa pandemia), prometendo paz, prosperidade e saúde em um passe de mágica, vamos deixando de lado a raiz de nossas dificuldades: nós mesmos.


A vida, porém, nos manda a conta sempre. Não quero parecer apocalíptico dizendo isso, mas precisamos parar de acreditar em contos da carochinha. Neste momento histórico da humanidade, em que fomos chacoalhados na nossa falsa zona de conforto, temos sido obrigados com frequência a olhar para o outro e, consequentemente, para nós mesmos. Mesmo assim, como de costume, fingimos que está tudo bem e criamos um conflito interno que nos leva ao desespero, porque aquelas fórmulas e atalhos não funcionam mais (na verdade, nunca funcionaram).


Esses conflitos internos ocorrem quando existe uma divergência entre o que a nossa Mente deseja e o que o mundo nos oferece. Até antes dessa pandemia, vivíamos adiando as resoluções desses conflitos; por isso, usei a expressão FALSA ZONA DE CONFORTO. A zona de conforto real virá somente quando encararmos nossas dificuldades e buscarmos uma solução efetiva para elas. Mas, para isso, precisaremos, em primeiro lugar, assumirmos a responsabilidade pelo que criamos.


Quando desejamos que Jesus (ou uma nave extraterrestre) desça aqui e acabe com as injustiças do mundo, agimos como crianças imaturas que jogam todos os brinquedos no chão e não querem guardá-los depois. Nutrimos uma visão egoísta da nossa vida, julgando-nos vítimas de um mundo cruel. O primeiro passo para buscarmos nossa melhoria é parar de culpar a tudo e a todos por aquilo que é de nossa responsabilidade. Sem darmos esse primeiro passo, continuaremos olhando para fora a fim de resolver o que está dentro de nós.


Depois de atingir essa consciência, procure maneiras de sentir-se bem nos momentos mais difíceis. Nós só conseguimos pensar em uma única coisa de cada vez; então, uma das formas de sentir-se melhor é pensar em algo bom. Procure lembrar-se de um momento feliz de sua vida, ou ponha o foco em algo que lhe agrada: assista a uma comédia, ouça uma música que lhe traga boas lembranças; procure ter um hobbie que o ajude a tirar o foco dos pensamentos, exercite a caridade, ponha-se mais em contato com a natureza, ore.


Outra maneira de acalmar sua Mente é respirar. Obviamente que todos nós respiramos, mas me refiro aqui à técnica da respiração profunda. Ponha suas mãos sobre o abdômen e puxe o ar (5 tempos). Deixe ombros e tórax imobilizados, somente o abdômen deve se mover. Segure o ar por 5 tempos e, lentamente, solte o ar (pelo menos 10 tempos), sentindo sua barriga esvaziar-se até o fim. Vá repetindo essa sequência, até sentir-se relaxado. A contagem dos tempos na respiração ajuda você a tirar o foco dos pensamentos negativos.


Há outras formas de distrair sua Mente. Você pode meditar, aprender o Ho’oponopono (leia o artigo Como viver o presente: Fazer Ho'oponopono) ou procurar um terapeuta. Mas o mais importante nesse processo é compreender que não existem milagres. Não negligencie os momentos em que suas emoções sinalizam que há algo errado com você. Tudo começa e termina dentro de nós. Olhar para os processos mentais como um observador é uma questão de prática. E você pode praticar a todo momento: a vida é um grande laboratório!



 

Sobre o autor: 
Professor, Neuroeducador, Master Practitioner em PNL e Coaching de vida –é fundador, junto de sua esposa, Sílvia Reze, 
do Instituto Recomece. 
 

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