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Pare de procurar pelo em ovo!


mulher se abraçando, amor próprio

Cada vez que nós temos que fazer uma escolha nesta vida, costumamos apelar para aquela que surge de imediato em nossa cabeça. Já usei inúmeras vezes a expressão “viver no automático” para definir essa postura. Entendam que não é fácil viver fora desse padrão automático, mas deve ser a nossa principal busca, já que é a única forma de exercermos de fato nosso livre arbítrio diante dos desafios que nos são apresentados.


E é essa atitude (ou falta dela) diante dos desafios que nos fazem entrar numa paranoia de que há sempre algo de errado acontecendo conosco. Vemos problemas onde eles não existem, ou melhor, vemos como problemas aquilo que nos desafia a crescer. Mas, como já havia escrito no artigo “Seja o condutor da sua vida”, nossa dificuldade como seres humanos é que ainda acreditamos que não há uma causa que justifique o modo como nos sentimos.


Aí reside o “pulo do gato” para começarmos a viver a vida como ela é: UM GRANDE DESAFIO. Não há nada na sua vida que ocorra por acaso, portanto, ver “pelos em ovos” não passa do resultado de sua interpretação de mundo. Os ovos continuam sendo ovos, você é que atribui a ele os adjetivos que quiser. Os fatos do mundo continuam sendo fatos, nós é que fazemos uma interpretação deles: bons ou ruins. E essa interpretação é processada e decodificada pela Mente.


Sim, aqui está ela de novo: a Mente! Segundo a Programação Neurolinguística (PNL), a realidade externa é captada pelos sentidos e codificada. Os pacotes de informação passam pelos FILTROS DE PERCEPÇÃO e, a partir deles criamos um MAPA MENTAL. De modo simplificado, podemos dizer que nossos COMPORTAMENTOS são o resultado desse processo. Por isso, nossa visão de mundo é sempre SUBJETIVA.


Então, qualquer experiência pela qual passamos e codificamos em nossas memórias NÃO SÃO REAIS. É chocante, mas é isso mesmo! São apenas interpretações daquela experiência. Isso justifica por que duas pessoas descrevem a mesma situação de modo completamente distinto. Os sentidos a captam, mas toda essa informação passa pelas nossas convicções, crenças e valores, só para citar algumas das interferências que conduzem a nossos comportamentos.


A PNL afirma também que, quanto mais rico for nosso MAPA MENTAL, mais seremos capazes de nos moldar às situações da vida. Numa linguagem mais técnica, mais FLEXIBILIDADE apresentaremos diante das situações desafiadoras. Isso prova porque algumas pessoas obtiveram mais recursos para aquela experiência específica do que outras e, por consequência, mais habilidades para lidar com problemas, sejam eles práticos, de relacionamento, físicos, não importa sua origem.


Para ilustrar, tomemos o exemplo de pessoas ciumentas. Aquelas que são consumidas por esse sentimento são sempre inseguras em seus relacionamentos. E essa insegurança pode ter várias origens. Pode ser uma carência de amor provinda de sua infância ou o fato de ter presenciado casos de traição recorrentes na família. O que é líquido e certo? Essas pessoas carecem de recursos para lidar com relacionamentos. Terão sempre uma tendência para ver infidelidade em seu parceiro.


Pessoas seguras em seus relacionamentos em geral tem um MAPA MENTAL mais rico quando se trata desse âmbito da vida. Pode ter presenciado relacionamentos seguros e salutares em sua infância ou ter recebido mais amor e compreensão. Não há em seu mapa de recursos o medo angustiante da traição, da perda. Isso não significa que essa pessoa cultive relacionamentos perfeitos. Ela pode ser segura, mas ser demasiado egoísta para manter um relacionamento construtivo, por exemplo. Haverá, então, outras carências a serem trabalhadas.


A partir desse exemplo simples, mas muito comum, pode-se tirar uma importante lição: vemos “pelo em ovo” porque crescemos programados para isso. Nossa visão de mundo é única e subjetiva. As pessoas e as coisas são o que elas são, nós é que as qualificamos como ruins ou boas. Desse ponto de vista, até aquilo que a maioria de nós consideraria ruim é necessário para o nosso crescimento.


Nosso objetivo maior, portanto, é começar a fazer o papel de observador de nós mesmos. Pare de viver no automático. Comece a dar mais atenção àquilo que o incomoda. Se ajudar, ponha essas informações no papel, converse com alguém com quem possa compartilhar suas angústias. Se ainda assim, estiver pesado para você, não há demérito algum em procurar um profissional para ajudá-lo nessa tarefa.


Para tudo há uma razão, e é nossa responsabilidade buscar recursos para melhorar nosso MAPA MENTAL. Estamos aqui para recobrar a consciência de nossa capacidade de sermos felizes. Quanto mais conscientes de nossas dificuldades, mais próximos ficaremos de solucioná-las. Lembre-se: tudo começa e termina dentro de nós mesmos! Ver “pelo em ovo” é permitir que a Mente reaja aos problemas, mas ainda somos nós quem escolhemos nos sentirmos bem ou mal.



 

Sobre o autor: 
Professor, Neuroeducador, Master Practitioner em PNL e Coaching de vida –é fundador, junto de sua esposa, Sílvia Reze, 
do Instituto Recomece. 
 

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