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Qual é o grande segredo da vida?


mulher se abraçando, amor próprio

Segundo a História, o Oráculo de Delfos atribuiu a Sócrates o título de homem mais sábio do mundo, e ele, sem compreender muito bem como isso era possível, proferiu a famosa frase: “Só sei que nada sei”. Independente da veracidade dessa história, ela está repleta de lições inestimáveis sobre a vida. O filósofo considerava-se apenas uma pessoa comum com o difícil propósito de buscar o conhecimento verdadeiro. E quem de nós não está nessa condição, não é mesmo?


No artigo anterior, conclamo o leitor a assumir a responsabilidade pela vida. O acaso não existe, e isso é fator determinante para compreendermos nosso papel no Universo. Em outros artigos, discuti o fato de que não controlamos o que nos acontece, mas de podermos escolher nos sentir bem ou mal diante deles. Esse é o grande desafio da vida: nossa Mente nos propõe e nós escolhemos aceitar ou não essa proposta; escolhemos como podemos nos sentir diante de tal desafio. Esse é o nosso livre arbítrio.


E na ARTE DE VIVER, os conhecimentos acadêmicos que adquirimos não nos fazem melhores do que ninguém, já que eles não estão ligados à nossa habilidade de lidar com os acontecimentos da vida. Essa habilidade é o sétimo fator de iluminação no budismo: a EQUANIMIDADE. Ela define a capacidade de nos mantermos constantes diante dos prazeres e dos obstáculos nessa jornada terrestre. Quando Sócrates declara que não sabe nada, ele declara sua incapacidade intelectual de fazer projeções em sua vida. Ela sabia que, apesar de tudo o que aprendera, a vida sempre o surpreenderia e lhe proporia desafios.


Será que Sócrates, em toda a sua singeleza, pode nos dar pistas de qual é o segredo da vida? Será que, se olharmos para as pessoas em toda a sua diversidade de comportamentos, teremos uma ideia do que é ser feliz? Não é raro encontrarmos pessoas de extrema simplicidade que não tiram o sorriso do rosto. Por outro lado, deparamo-nos com indivíduos com todos os recursos para ser felizes, mas que raramente conseguem encontrar uma razão para celebrar a vida. Então, qual a lógica da felicidade se não é a realização material?


Uma antiga lenda conta que, no início dos tempos, os deuses queriam tirar do ser humano a felicidade, pois isso os diferenciaria dele. Depois de tanto debate, entre ideias de ocultá-la na profundeza dos oceanos, no cume de uma montanha ou em um planeta distante, decidiram que esconderiam dentro do próprio ser humano, pois sabiam que ele estaria muito ocupado olhando para fora. E parece que funcionou. Ainda buscamos fora de nós a nossa felicidade. Mesmo que isso não esteja funcionando, nós persistimos.


Como tenho insistido em todos os artigos, é preciso investir em olhar para dentro de nós mesmos. Não é fácil, já que dá trabalho e às vezes dói reconhecer que não somos, de fato, aquilo que aparentamos ser para as pessoas. Todos nós, sem exceção, trazemos defeitos de caráter que precisam ser desvelados com urgência. Fingir que eles não existem só trará mais dificuldades para resolvê-los, pois empurrarão mais para o fundo toda esses escombros que o impedem de começar a ver a luz no fim do túnel.


É preciso esquecer a razão. Viver essa vida material é preciso, mas temos que desenvolver uma visão mais espiritual da vida. Entender que “nada acontece por acaso” e procurar harmonizar-se com o que a vida lhe oferece é a essência do que Sócrates apregoou em sua célebre frase. Quanto mais você busca a resposta de maneira racional, mais distante fica dela. A razão é um processo da Mente e, como gosto de repetir, ela não entende nada de evolução espiritual. Como um rio que vai ao mar e passa a fazer parte dele, somos nós, buscando nos reintegrar à nossa Essência, não importa qual seja o caminho.


Mas ainda falta responder à pergunta primordial deste artigo. Afinal, qual é o segredo da vida? Diante da nossa incompetência em entender por que alguns eventos ocorrem e da nossa incompetência em controlar esses eventos, só nos resta... viver! O SEGREDO DA VIDA É VIVER A VIDA AQUI E AGORA da melhor maneira possível. É procurar sentir-se bem apesar dos obstáculos. É o que o Budismo prega quando usa a palavra EQUANIMIDADE. É o que Jesus preconiza quando, no Sermão da Montanha, diz: “Para cada dia bastam seus próprios problemas” (Mateus 6: 34).


Então, faça uma revisão de seus comportamentos limitantes e encare-os com humildade e coragem. Sua Mente sempre se baseará no passado para evitar repeti-lo no futuro. Enquanto permitirmos que a Mente tome conta de nossas vidas, teremos momentos raros no PRESENTE, portanto, momentos raros de felicidade. É chegada a hora da mudança! Uma borboleta não nasce pronta. Antes de sair deslumbrante de seu casulo, luta pela vida desde que é uma simples ovo. Precisamos ir em busca de nossa metamorfose sem falsas ilusões. Não será fácil, mas o resultado compensará qualquer esforço, por mais árduo que ele possa ser.



 

Sobre o autor: 
Professor, Neuroeducador, Master Practitioner em PNL e Coaching de vida –é fundador, junto de sua esposa, Sílvia Reze, 
do Instituto Recomece. 
 

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